Teoria das Relações Humanas
A
Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos, como consequência das
conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo. Este
experimento foi uma reação de oposição a Teoria Clássica da Administração.
O
experimento de Hawthorne revelou a importância do grupo sobre o desempenho dos
indivíduos e deu partida para os estudos sobre a organização informal.
Em
1927, iniciou-se uma experiência na fabrica de Hawthorne da Western Electric
Company situada em Chicago, para avaliar a fadiga, aos acidentes no trabalho,
ao turnover e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade.
O experimento foi realizado e orientado por Elton Mayo, onde demonstrou que entre os fatores mais importantes para o desempenho individual estão as relações com os colegas e os administradores.
Nível de produção é resultante da integração social: O nível de produção não é determinado pela capacidade física ou
fisiológica do empregado (como afirmava a Teoria Clássica), mas por normas sociais
e expectativas grupais.
Comportamento social dos empregados: Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas
como membros de grupos.
Recompensas e sanções sociais: Para a Teoria das Relações Humanas, a motivação econômica é secundária
na determinação do rendimento do trabalhador. Conceito de Homem Social.
Grupos informais: A empresa passou a ser
visualizada como uma organização social composta de grupos sociais informais.
Relações humanas: As relações humanas são as
ações e atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupos.
Importância do conteúdo do cargo: A especialização não é a maneira mais eficiente de divisão de trabalho,
afetando negativamente o trabalhador e reduzindo a sua satisfação e eficiência.
Ênfase nos aspectos emocionais
: Importância as emoções.
Mayo defende os seguintes
pontos de vista:
1- O trabalho é uma atividade
tipicamente grupal;
2- O operário não reage como
indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social;
3- A tarefa básica da
administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar;
4- Sociedade estável para
sociedade adaptável;
5-
O ser humano tem a necessidade de estar junto, de ser reconhecido: Homem
Social;
6-
A civilização industrializada traz como consequência a desintegração dos grupos primários: Mayo tem uma visão romântica.
Decorrência da Teoria das Relações Humanas
A
teoria das relações humanas trouxe uma nova linguagem . Fala-se em motivação, e
liderança. Os conceitos básicos a da teoria científica passam a se deixados de
lado. O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo. A
ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. O
método e a máquina cedem lugar a dinâmica de grupo. A felicidade passa a ser
vista sob um ângulo diferente, pois o homem
economicus cede lugar para o homem
social.
Motivação
“O
comportamento é sempre motivado por alguma causa interna ao próprio indivíduo
(motivos internos) ou alguma causa externa, do ambiente (motivos externos).
Motivação, nesse modelo, é sinônimo da relação de causa e efeito no
comportamento das pessoas. Motivação não significa entusiasmo ou disposição
elevada; significa apenas que todo comportamento sempre tem uma causa”. (Teoria Geral da Administração, Maximiano, 2004, p.277)
Fonte – (Imagem extraída do livro: Teoria Geral da Administração, Maximiano 2004, p.285).
Necessidades Humanas Básicas
Hierarquia de Maslow
Abraham
Maslow (1908-1970) estudou psicologia e é o autor da mais conhecida teoria que
se baseia na idéia das necessidades humanas.
Segundo Maslow, as necessidades humanas dividem-se em
cinco grupos:
·
Necessidades de Segurança: Proteção contra ameaças, como a perda de emprego e
riscos à integridade física.
·
Necessidades Sociais: Amizade, afeto, interação e aceitação dentro do grupo e
da sociedade.
·
Necessidades de Estima: Necessidades de estima e auto-estima por parte dos
outros.
·
Necessidades de Auto-Realização: Potencial, habilidades e realização pessoal.
Para os humanistas a liderança é vista de diversas
maneiras como:
·
Um processo de redução da incerteza de um grupo;
·
Uma relação funcional entre líder e subordinados;
·
Um processo em
função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação;
“Não existe um modelo único de liderança”.
O desafio da liderança é saber quando aplicar qual
estilo, com quem e em que circunstâncias.
Para a TRH, a comunicação é importante no relacionamento
entre as pessoas pois cada uma delas pode ser auxiliada a dar total
contribuição à organização, a utilizar ao máximo suas habilidades e
capacidades. A organização é mais eficiente quando existe um entendimento entre
o funcionário e seu chefe.
“Os grupos informais, também chamados grupos de amizade, se organizam naturalmente
por meio de adesões espontâneas das pessoas que com eles se identificam. Os
grupos informais são encontrados dentro da organização formal e se compõem de
pessoas de diversos grupos e níveis hierárquicos da empresa. A hierarquia
funcional existente na organização formal nem sempre prevalece nos grupos
informais”.
(Introdução à Teoria Geral da Administração, Chiavenato, 2005, p.132)
Os processos grupais são processos vivos e dinâmicos onde
a soma de interesses dos componentes do grupo pode ser ativada por meio de
estímulos para maior harmonia e relacionamento humano.
·
Oposição cerrada à Teoria Clássica: Os fatores decisivos considerados por uma escola mal eram
focalizados pela outra, as variáveis que uma considerava centrais eram quase
ignoradas pela outra.
·
Inadequada visualização dos problemas de relações
industriais: Interpretação
inadequada e distorcida dos problemas de relações industriais.
·
Concepção romântica do operário: Imaginavam um trabalhador sempre feliz, produtivo e
integrado no ambiente de trabalho.
·
Limitação do campo experimental: Limitaram-se ao mesmo ambiente – a fábrica. Deixaram de
verificar outros tipos de instituições.
·
Parcialidade das conclusões: Enfatiza os aspectos informais da organização relegando
os aspectos formais a um plano inferior.
·
Ênfase nos grupos informais: Supervaloriza a coesão grupal como condição de elevação
da produtividade.
·
Enfoque manipulativo das relações humanas: Sutil estratégia de enganar os operários e fazê-los
trabalhar mais e exigir menos.
“Nos dias de hoje, o administrador precisa possuir certas
características básicas: relacionamento interpessoal, comunicação, liderança,
motivação e resolução de conflitos. Além disso, deve saber construir e
dinamizar equipes de trabalho. O trabalho em equipe está em alta no mundo dos
negócios”.
(Introdução à Teoria Geral da Administração, Chiavenato, 2005, p.140)
Referências Bibliográficas
Idalberto Chiavenato
Sétima Edição
Editora Campus
Teoria
Geral da Administração
Antonio
Cesar Amaru MaximianoQuarta Edição
Editora Atlas
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